Visionamento de portefólios dos adultos |
Para Adama Ouane, Director do Instituto de Aprendizagem ao Longo da Vida da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), os programas de educação e formação de adultos devem ser uma preocupação de todos os governos.
Na situação actual em que as sociedades têm de enfrentar uma grave crise ao nível económico e social, em que o trabalho e o emprego são bens cada vez mais escassos, os programas de educação de adultos não podem ser encarados como uma forma de mascarar o desemprego, mas antes como um “remédio”.
O que nos é revelado pelas estatísticas é que há uma grande percentagem de jovens e de adultos que estão no mercado de trabalho e que não têm formação, sendo necessário que a educação deva acompanhar essas pessoas porque dela precisam.
Segundo ele, “as pessoas não precisam de aprender só para conseguir um trabalho, precisam de aprender continuamente para participar social e politicamente. Aprender a cidadania, a participação democrática e, tudo isto, envolve aprendizagem. Não é só ter mais capacidades para trabalhar”.
É opinião corrente que “um bom trabalho” é muito importante e requer muitas qualificações e competências que se vão adquirindo ao longo da vida. Para isso, é importante que todos possam ver reconhecidas, avaliadas e certificadas as suas competências. As pessoas devem ver reconhecido o seu valor e perceberem que têm a possibilidade de irem a um sítio onde se reconhece o que sabem e poderem voltar ao trabalho, onde isso é também reconhecido.
Duas gerações com os mesmos objectivos |
Neste sentido, alerta para a necessidade de uma tomada de consciência de que “o que se aprende não é só para o trabalho, mas para a vida”. Reafirma que numa altura em que não há trabalho, precisamos de adquirir novas competências [muitas das quais] ainda nem sequer sabemos quais são.
Sendo assim, com as mutações que se têm vindo a verificar a todas os níveis, todos as pessoas “reconhecem que é necessário e que é preciso estar sempre a aprender”.
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