sábado, 25 de junho de 2011

Oferta de Educação e Formação de Adultos - 2011/2012 - Actualizado

I Festival Formação Arte e Cultura - Balanço




A Escola Secundária Padre Benjamim Salgado e o seu Centro Novas Oportunidades promoveram no dia 18 de junho, no Parque da Ribeira, em Joane, o I Festival Formação, Arte e Cultura, que integrou um conjunto de atividades através das quais se pretendeu estimular a partilha de experiências e valorizar a cultura e a arte popular: houve mostra pedagógica, música, artesanato e gastronomia. Procurou-se, igualmente, proporcionar aos visitantes informação sobre as ofertas educativas-formativas ao nível da educação e formação de adultos (EFA), a audição de testemunhos de adultos e formandos certificados pelos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) e cursos EFA, bem como o contacto com entidades/associações de caráter cultural.
Na sua intervenção, o diretor da ESPBS e do CNO, José Alfredo Mendes, agradeceu a todos os visitantes a disponibilidade para conhecerem a atividade e dinâmica que a ESPBS, através do seu CNO trouxe a esse agradável espaço. Manifestou o desejo que “seja uma atividade a repetir e que passe a ser uma excelente oportunidade de convívio e de confraternização”.
Por sua vez, o vice-presidente da Junta de Freguesia de Joane, António Oliveira, considerou esta atividade como uma “grande mostra, grande etapa de formação”. Por fim, o vereador do Pelouro da Educação e Desporto da Câmara Municipal de Famalicão louvou esta iniciativa que conseguiu trazer “cá para fora aquilo que se faz dentro dos muros das escolas”. Agradeceu a todos aqueles que “tendo passado pelas Novas Oportunidades quiseram mostrar não só o que fizeram, mas, também, mostrar a capacidade de trabalho e de organização de uma festa como esta”. Enalteceu, igualmente, todo o trabalho que a ESPBS e o seu CNO têm feito dentro da Rede Local de Educação e Formação.
Os adultos certificados pelos processos de RVCC de nível básico e secundário, Aurora Oliveira, Amélia Martins, António Baldaia e Plácido Dias, nos seus testemunhos destacaram a importância para todos reconhecerem as suas competências e apostarem na sua formação ao longo da vida. A formanda Aurora Oliveira salientou que foi por ter aprendido muito com a frequência do nível básico que decidiu seguir em frente para a conclusão do 12º ano. Por sua vez, António Baldaia destacou que a formação lhe serviu “para valorizar as suas competências e aprendizagens”, no fundo “aumentar a sua polivalência”.
O espetáculo proporcionado pelos grupos - Coro Infantil de Vermoim, Grupo de Concertinas da ARCASM – Associação Recreativa de Concertinas de Airão Santa Maria, Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Joane, Via Sacra e RosaMate -, foi muito bem acolhido por todos os participantes, que saudaram a iniciativa.
Não menos enriquecedor para o evento foi a participação numerosa de artesãos do concelho, que acolheram esta iniciativa, fazendo mostra dos seus justos talentos, desenvolvidos pela experiência e pelo trabalho, valores que sustentam a aprendizagem ao longo da vida.
Em jeito de conclusão, poder-se-á dizer que esta foi uma boa aposta na divulgação da arte e cultura popular desta região, bem como da formação e certificação de saberes.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

I Festival Formação Arte e Cultura - Programa



O I Festival de Formação, Arte e Cultura realiza-se, no dia 18 de Junho, no Parque da Ribeira de Joane, em Vila Nova de Famalicão, sendo uma actividade dinamizada pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado.

Este evento integrará um conjunto de actividades através das quais se pretende estimular a partilha de experiências e valorizar a cultura e a arte popular: mostra pedagógica, música, artesanato e gastronomia.

Procurará proporcionar aos visitantes informação sobre as ofertas educativas-formativas ao nível da educação e formação de adultos (EFA), a audição de testemunhos de adultos e formandos certificados pelos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) e cursos EFA, bem como o contacto com entidades/associações de carácter cultural.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Despedida de um Avaliador Externo

OBRIGADO … E ATÉ SEMPRE

Venho por este meio, que as novas tecnologias me disponibilizam, agradecer publicamente a todos os que me permitiram, pela densidade relacional, humana e social, sempre muito presente e intensamente vivida, crescer como pessoa e profissional ao longo deste caminho explorado enquanto avaliador externo, funções que exerci apaixonadamente desde 2002, no âmbito dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) e que o silêncio indesculpável da Agência Nacional (ANQ) para a Qualificação me diz ter chegado ao fim.

Entre eles, para além dos adultos a quem proximamente dedicarei um texto próprio, quero destacar os diretores, os coordenadores, os profissionais e os formadores dos respectivos Centros de Novas Oportunidades (CNO) com quem tive a alegria estimulante de partilhar perspectivas, reflexões, incertezas e paradoxos na busca perseverante de respostas necessárias e entusiasmantes na promoção sempre espinhosa e exigente desse propósito mais nobre da Educação de Adultos que é o da transformação social e do desenvolvimento inteiro das pessoas, tendo em conta a historicidade das suas realidades concretas e contextualizadas.

Aprendi com todos eles que esse propósito ético e ambicioso não constitui, bem pelo contrário, uma tarefa clara e simples e, sobretudo, se manifesta mais custosa quando as incompreensões de “estranhos”, deliberadas ou inconscientes, de maior ou menor poder, nela se imiscuem embaraçando a exigência desse desafio que se vai disputando no condicionado e persistente ajuste capaz e diário de necessidades, capacidades e expectativas dos que, em devido tempo, não tiveram a sorte histórica das circunstâncias e o reconhecimento público e político, merecido e coerentemente atuante.

Aprendi com todos eles que reconhecer hoje, mais do que remediar o não reconhecimento do passado, não é propriamente “qualificar”; é validar, equiparar, permitindo e favorecendo a formação e a qualificação futura e desejável ao valorizar, com critério, os saberes e as competências que não se esgotam e não cabem no livro escolar, a bem não só das pessoas menos escolarizadas mas também, e esse não pode ser de modo nenhum um objectivo atraiçoado, em benefício das múltiplas comunidades em que aqueles se inscrevem, a favor de um bem comum com ganhos inevitáveis para todos. Agradeço, assim, a todos os que me deram a perceber que o RVCC não oferece nada a ninguém e, coisa oposta, me fizeram compreender que o RVCC pode e deve, sobretudo, saber criar FUTURO empenhando a inteligência sofrida mas confiante dos adultos.

Agradeço igualmente o testemunho de todos aqueles que, trabalhando no campo deste reconhecimento assimilaram de desfrutada e vivida experiência e me transmitiram com inteligência e responsabilidade, a importância de provocar nos adultos menos escolarizados, com percursos profissionais de menor qualificação, a curiosidade pelo saber que alarga horizontes, o prazer pelas aprendizagens necessárias a novos sentidos aclarados, a vontade de querer saber mais para melhor significar a (re)descoberta de si, dos outros e do seu mundo e, sobretudo, me chamaram a atenção para a relevância da motivação que se renova por uma confiança reconquistada que permite e favorece os anseios legítimos e as reinvenções necessárias, próprias e colectivas.

Aprendi com todos eles que, nesta escala de ação, é isto que o FUTURO exata e primordialmente convoca; curiosidade e o gosto pelo saber, o prazer de aprender, a vontade de saber mais e mais utilmente e a motivação que alimenta a energia da confiança necessária para se ser mais ainda e de se estar mais plenamente nas esferas da cidadania que o tempo atual requer de todos nós. Reconhecer, mais do que Validar e Certificar, é criar uma condição especial e bem humana de reconciliação com o SABER, com o APRENDER e com a VIDA que nos pode ajudar a ser mais e melhores pessoas e cidadãos.

Este tempo que hoje se vive exige, como se sabe, pessoas mais informadas, mais confiantes, mais exigentes. O RVCC, indesmentivelmente, acrescenta a projetos anteriores de referência no campo da Educação de Adultos, a ideia de alargamento e expansão. Mas são aqueles a quem eu hoje aqui presto, juntamente com muitos outros, esta breve mas singela homenagem, que contribuíram com a sua disponibilidade, competência e sensibilidade para este novo ciclo nos domínios da Educação e da Formação. Saibamos, portanto, acrescentar à riqueza da herança recebida algo de verdadeiro e socialmente transformador. Um obrigado sincero a todos vós. Até sempre.

Almiro Lopes



sexta-feira, 3 de junho de 2011

Oficina de Fotografia - Maio de 2011




No âmbito das Oficinas OPA - Oportunidade, Partilha, Aprendizagem -, promovidas pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, cujo principal objetivo é partilhar saberes alcançados ao longo da experiência de vida dos adultos, José Augusto Costa que se encontra a frequentar o processo de RVCC de nível secundário dinamizou, no dia 27 de maio, em período da manhã, para elementos da comunidade educativa, uma oficina sobre fotografia.

O formando, fotógrafo profissional, fez uma exposição em apresentação gráfica de alguns conceitos e procedimentos técnicos da fotografia, bem como de movimentos estéticos desta arte para um auditório muito atento. Posteriormente, foi feita uma demonstração ao ar livre em que os presentes puderam experimentar os saberes partilhados, analisar e trocar impressões sobre as fotografias desta sessão.

Com a realização desta oficina procedeu-se ao encerramento da exposição fotográfica intitulada “Férias no Mar”, que esteve patente na Biblioteca Escolar, e que tinha, entre outros, os seguintes objetivos: dar a conhecer material fotográfico com valor pessoal e coletivo, partilhar experiências de vida, desenvolver a expressão oral, escrita e artística. Os adultos elaboraram previamente à exposição textos narrativos, partindo de imagens em suporte fotográfico que selecionaram de acordo com as experiências passadas. Desse vasto reportório foi elaborado um diário com o mesmo título “Férias no Mar – Diário”, divulgado em formato de papel e digital (ebook).

Estas atividades são um sinal do envolvimento dos adultos nos processos de desocultação de competências e vêm lembrar-nos que “uma imagem vale por mil palavras”, como nos recordou um dos visitantes, que também “navegou pelas imagens do tempo!”.

No dia 17 de junho, em período pós-laboral, será dinamizada a última oficina deste ano letivo em que os adultos do CNO poderão demonstrar as suas competências na área da música e dos instrumentos musicais.

Um bem-haja a todos pelo interesse e pela participação!